13 novembro 2014

#theend

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Enfim, depois de 9 anos acompanhando a série, e 15 anos de serialização, Naruto terminou. Bem, existe um milhão de coisas que eu gostaria de falar sobre isso, mas sei bem o quão inconstante em pensamentos eu sou e quão complicado é tentar colocar tudo em palavras, então, vou falar o mais resumido o objetivo possível (acho). Vou fazer uma introdução (inútil) em cor diferente e depois voltar a cor normal com o que realmente interessa...

Eu sinceramente sou o tipo de pessoa que não liga muito pra coisas que eu gosto por muito tempo, por exemplo, eu gostei de Fronzen, gostei bastante, e revi várias vezes, gostei de Sen to Chihiro, revi também, gostei de Orgulho e Preconceito revi e li o livro, entre outras coisas que gostei, gostei de verdade, e continuo a gostar, mas dentre todas as coisas que eu curto de verdade, existem poucas que de fato coloco meu empenho e meu dinheiro. Sendo direta, as únicas coisas que sou fã são: Gazetto (sendo que só tenho DVDs não oficiais, camisetas, músicas, pôsteres e fui no show do Brasil), One Ok Rock (que nem consegui ir no show porque estava caro, não tenho camisetas - ainda -, nem DVDs, só músicas); taiko (faço parte do Ikioidaiko e me dedico de corpo e alma a isso) e Naruto, minha grande paixão de anime e mangá, que eu duvido bastante que consiga ser superado algum dia, talvez pela ligação que eu tenho com a minha infância e todo o período de afeto que se desenvolveu ao longo dos anos... Revi tantas e tantas vezes os episódios (que aliás tenho todos do clássico em DVD), que cheguei a decorar certas coisas. Estou a caminho de completar a coleção e acompanhei toda a série em lançamentos desde o começo.

Apesar de tudo, não tenho camisetas, nem pôsteres, nem chaveiros, apenas uma pelúcia do Gaara bebê (kkk), sem anéis, nem colares, nem livros, nem nada do gênero. Mas ainda assim, meu xodó, que sempre e sempre, terei orgulho de ter acompanhado, sei que não perdi tempo nenhum acompanhando, me mantive fiel a todo o período, mesmo com todos os problemas que surgiram no desenrolar da série. Enfim, não é a mim que o post se destina, mas apenas ilustrando o quão apegada eu sou a esse anime/mangá...

Desde pequena, quando comecei a assistir, indicado por um amigo, achei bastante interessante aquele começo do anime, ainda que o início tenha uma história mais superficial. Fiquei muito tempo correndo atrás de informações e confesso que me motivei a ver em função do ship que fazia de SasuSaku, que perdurou por um bom tempo (kkk), até que o Naruto foi me conquistando, me conquistando e de repente aquilo virou uma coisa muito grande.

Até um bom tempo, não tinha a personagem do Naruto como meu favorito, variando de Sasuke para Gaara em um período em que minha personalidade e meu momento de vida encaixavam-se melhor com a deles, mas sempre tive um... digamos, respeito, pela personagem do Naruto, alguém tão pisoteado pela vida, que decidiu, por conta própria, sem ninguém dizer nada, que faria a vida dele ser diferente, que traria a realidade que ele queria por esforço próprio e não voltaria atrás, que de fato foi o que fez.

Tenho um respeito e admiração muito grande pelo Masashi Kishimoto, autor e artista da série, que sempre fora meu ídolo de dedicação e empenho no ramo dos mangás. Todo o carinho que tenho hoje por Naruto devo muito a ao Kishimoto-san, que soube por no papel as palavras e as situações que me fizeram refletir e que, sem dúvida, me modificaram também. Hoje sei que devo à esse mangá, sem exagero, muito do que se formou em mim como amiga, cidadã, como irmã e como filha.

Desejei muito conhecer alguém como o Naruto, alguém que não desiste, alguém que estará lá por você se você precisar, por mais aéreo e sem noção que ele possa ser, se você precisa dele, ele está lá, e não vai te abandonar e não vai deixar que ninguém te esmague (vide episódio em que a Hinata luta com o Neji e ele interfere, dizendo que ela podia sim mudar, que não tem essa de "destino", que todos são capazes de conseguir). Ele é alguém que simplesmente não aceita que algo que está errado permaneça errado, que você subjugue as pessoas ou acomode-se diante de um impasse. Ele tem medo, sofre, se machuca, se magoa, mas não deixa o compromisso pra depois, não foge das responsabilidades que lhe foram atribuídas. Ele é um ser humano imperfeito como qualquer um, mas diferente da maioria, ele não permite que essas imperfeições o impeçam de viver a vida que ELE quer.

Depois desse parágrafo de tietagem, não, preciso de muito mais para descrever o quanto gosto desse mangá, carregado de ensinamentos e reflexões, muito bem construído e cheio de personagens ricas, que me colocaram em visões tão distintas do que eu esperava.

Quanto ao final, depois de tantos anos, eu sinceramente achei que fora corrido aquele capítulo, mas tenho plena noção de que mangakás trabalham com contratos e prazos, além de várias outras pressões, que motivaram essa finalização, mas fiquei satisfeita. Não somente pelos casais que se concretizaram (que particularmente eu só me preocupava com o NaruHina. Aos que defendiam NaruSaku, eu nunca achei que a Sakura merecia o Naruto... além da personalidade rasa, todo o desdém e humilhação dela para com o Naruto condenaram definitivamente esse casal. Ninguém é tão bom que mereça a humilhação ou diminuição do outro. Se o Sasuke ficou com a Sakura mesmo dentro desse contexto, pra mim não fez diferença, porque nem esperava por isso), mas também pelo fato de ter sentido toda aquela evolução, aquele sentimento de dever cumprido que o mangá trouxe ao longo dos anos.

Orgulho mais ainda foi ver os grandes mangakás, como o Eichiro Oda homenageando o Masashi Kishimoto pela conclusão do mangá. Deixem que os fãs babacas, que pra mim nem fãs são, se matarem em brigas infinitas para descobrir qual o melhor mangá e etc, etc. Gente grande faz assim: se respeita e admira pelo bom trabalho e dedicação.

Ninguém começa um mangá pensando em agradar a todo mundo, mas como sempre, a falta de respeito e bom senso de gente imbecil respinga em quem não deveria. A petição dos americanos para banir Naruto dos EUA (uma pequena parcela de pessoas), é, no mínimo, inaceitável, ridículo e sem sentido. VOCÊ que não gostou do final porque seu casal não terminou do jeito que você queria, digo algo bem direto: Não gostou, o problema é SEU. A história é do Masashi Kishimo, os 15 anos de trabalho em um SHOUNEN sem gênero romance vinculado é deselvolvimento do Masashi Kishimoto, as personagens e atitudes pertencem à ele e ele exclusivamente. Quer ver um romance, vai ler um shoujo. Degradar a imagem de um mangá de anos de serialização por um capítulo que não te agrada é tão ridiculamente infantil que chega a dar pena.

Enfim, meus parabéns ao Kishimoto-san por tanto tempo de trabalho! Otsukaresama deshita! Que todos esses anos tenham sido um impulso de felicidade e realização para ele! Vou guardar para sempre e com muito carinho tudo isso.

M.
 
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