13 janeiro 2015

#neura

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Vi uma matéria referente a 'imperfeições femininas' e o quanto isso afeta a população masculina e, bem, digamos que eu esteja bem encucada com isso...

Não sou feminista nem nada do gênero, mas realmente, se formos parar e analisar, buscamos essa opinião masculina e sentimo-nos aliviadas em saber que grande parte nem se importa com esses defeitos, reparando neles ou não. Porém, esse negócio de se sentir "aliviada" por saber disso não é esquisito? Muitas e muitas vezes nós cantamos de galo, fingindo ser independentes, cheias de autoestima e resolvidas com nossos defeitos, mas se nos sentimos aliviadas com essas informações, ou melhor, se vamos atrás desse tipo de informações, é porque ainda não nos desprendemos dessa neura incansável que a estética da sociedade nos impõe.

O grande "x" da questão é que estamos tentando nos convencer de que está tudo ok, a partir do que os outros dizem, não pelo que sentimos por nós mesmas. É difícil, sem dúvida.

Devíamos nos aceitar antes de aceitar que os outros acham que tudo bem ser imperfeito. Talvez esse seja o grande trunfo dos homens, ligar e desligar de coisas inúteis com mais facilidade (ainda que, com o passar do tempo fiquem cada vez mais vaidosos).

No futuro, quando você olhar pra trás e pensar que poderia ter feito tanta coisa, que acabou se privando de fazer por se importar demais com o que os outros imporiam na sua vida, certamente ficará arrependida.

Vi um texto interessante, que a mulher dizia "se tem jeito de concertar e isso te incomoda, ok, vá atrás e resolva. Se não, aceite e seja feliz". A vida é muito curta pra nos privarmos de nossas alegrias, não? Se alguém vai te tachar, seja ela mulher ou homem, que diferença faz? Se for alguém que você não conhece, dane-se, nunca mais vai ver mesmo! Se for algum amigo, familiar, alguém que você tem um laço, pode ter certeza, que mesmo a pessoa não achando aquilo legal, vai continuar mantendo o laço com você, "defeituosa" ou não. Afinal, quem se acha perfeito, já começa imperfeito por ser arrogante e presunçoso demais.

Claro, como sempre, esse processo de aceitação é algo gradual, acredito... Ninguém (ou quase), consegue dizer: "Ok, hoje eu decidi que não me importo mais", e pronto. Se incomodava antes, a gente tem que aprender a dar pequenos passos pra, lá na frente, chegar num consenso. MAS, pra isso precisamos começar.

obs: A matéria em questão é esta.

M.
 
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